O principal fator que impulsiona novos casos da doença é o aumento da
expectativa de vida
A DMRI – Degeneração Macular
Relacionada à Idade - é uma das principais causas de perda visual na terceira
idade, sendo decorrente de uma degeneração progressiva da região central da
retina, chamada de mácula. Segundo o médico oftalmologista Dr. Thiago Pardo
Pizarro, os índices da doença aumentam progressivamente de acordo com a idade.
“A doença pode aparecer a partir dos 50 anos, sendo que 30% da população acima
dos 80% são portadoras de DMRI”, destaca.
Com causas ainda desconhecidas,
sintomas como distorção central das imagens, presença de mancha escura ou área
embaçada no centro da visão e distorção das linhas retas podem indicar o
aparecimento da doença. “A DMRI é considerada uma das causas mais frequentes de
perda da visão central e afeta tanto a visão de longe como a de perto e, apesar
de a visão central ficar prejudicada, a visão periférica ainda se mantém”,
explica.
De acordo com dados do IBGE, no último
censo foi constatado que cerca de 8% da população está acima dos 65 anos.
Principal grupo de risco da doença, as pessoas nesta faixa etária precisam
tomar certos cuidados. “Não há cura para a doença, mas certos tratamentos podem
prevenir ou retardar a perda visual grave. Contudo, é importante estar atento
aos fatores que podem ser associados ou creditados como favoráveis ao
aparecimento da degeneração macular. Assim, pessoas de pele clara e com olhos
azuis ou verdes, exposição excessiva à radiação solar, tabagismo, dieta rica em
gorduras e histórico familiar de DMRI são fatores comprovadamente relacionados
à maior incidência da doença”, completa o médico.
Por ser uma doença multifatorial,
orientações como atividades físicas regulares, suspensão do tabagismo e dieta
saudável têm sido recomendadas.
O tratamento da doença varia de acordo
com o seu tipo, que são dois: a DMRI seca, que é a forma mais comum e de
progressão mais lenta, e a DMRI úmida, que acomete em torno de 15% dos
indivíduos, com perda visual de progressão rápida. “No tratamento da degeneração macular seca, o uso de vitaminas e sais
minerais são os mais usuais. Já no caso da degeneração macular úmida, o
tratamento se faz através de injeções intraoculares de fatores
antiangiogênicos, laser, irradiação e até células- tronco, sempre levando em
consideração o perfil do paciente e o estágio da doença”, ressalta.
Como os sintomas podem ser, na maioria
dos casos, imperceptíveis nos estágios iniciais, é fundamental um
acompanhamento periódico com um Oftalmologista, que fará uma análise completa e
poderá detectar precocemente a doença, o que garante resultados mais eficazes durante
o tratamento.