quarta-feira, 27 de junho de 2012

Índice de DMRI cresce a cada ano


O principal fator que impulsiona novos casos da doença é o aumento da expectativa de vida

A DMRI – Degeneração Macular Relacionada à Idade - é uma das principais causas de perda visual na terceira idade, sendo decorrente de uma degeneração progressiva da região central da retina, chamada de mácula. Segundo o médico oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, os índices da doença aumentam progressivamente de acordo com a idade. “A doença pode aparecer a partir dos 50 anos, sendo que 30% da população acima dos 80% são portadoras de DMRI”, destaca.
Com causas ainda desconhecidas, sintomas como distorção central das imagens, presença de mancha escura ou área embaçada no centro da visão e distorção das linhas retas podem indicar o aparecimento da doença. “A DMRI é considerada uma das causas mais frequentes de perda da visão central e afeta tanto a visão de longe como a de perto e, apesar de a visão central ficar prejudicada, a visão periférica ainda se mantém”, explica.
De acordo com dados do IBGE, no último censo foi constatado que cerca de 8% da população está acima dos 65 anos. Principal grupo de risco da doença, as pessoas nesta faixa etária precisam tomar certos cuidados. “Não há cura para a doença, mas certos tratamentos podem prevenir ou retardar a perda visual grave. Contudo, é importante estar atento aos fatores que podem ser associados ou creditados como favoráveis ao aparecimento da degeneração macular. Assim, pessoas de pele clara e com olhos azuis ou verdes, exposição excessiva à radiação solar, tabagismo, dieta rica em gorduras e histórico familiar de DMRI são fatores comprovadamente relacionados à maior incidência da doença”, completa o médico.
Por ser uma doença multifatorial, orientações como atividades físicas regulares, suspensão do tabagismo e dieta saudável têm sido recomendadas.
O tratamento da doença varia de acordo com o seu tipo, que são dois: a DMRI seca, que é a forma mais comum e de progressão mais lenta, e a DMRI úmida, que acomete em torno de 15% dos indivíduos, com perda visual de progressão rápida. “No tratamento da degeneração macular seca, o uso de vitaminas e sais minerais são os mais usuais. Já no caso da degeneração macular úmida, o tratamento se faz através de injeções intraoculares de fatores antiangiogênicos, laser, irradiação e até células- tronco, sempre levando em consideração o perfil do paciente e o estágio da doença”, ressalta.
Como os sintomas podem ser, na maioria dos casos, imperceptíveis nos estágios iniciais, é fundamental um acompanhamento periódico com um Oftalmologista, que fará uma análise completa e poderá detectar precocemente a doença, o que garante resultados mais eficazes durante o tratamento.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dicas para descansar os olhos e evitar a Síndrome da Visão de Computador

Conforme dissemos em post anterior, a Síndrome da Visão do Computador tem sido uma doença cada vez mais comum em meio às pessoas que passam muitas horas em frente ao aparelho.
A Síndrome do Olho Seco que acomete entre 50% e 90% das pessoas que usam computador no trabalho ou em longos períodos de estudo pode ser bastante desgastante, resultando em fadiga física, declínio da produtividade, aumento de erros e, muito frequentemente, problemas na visão que vão desde a coceira nos olhos até uma grave irritação ocular. Por isso, o quadro é chamado também de Síndrome da Visão de Computador.

Seguindo algumas dicas é possível evitar alguns dos sintomas e ter uma vida mais saudável, primando pela saúde ocular.

1 - Controle a iluminação. Ficar exposto a um ambiente de trabalho excessivamente iluminado é tão prejudicial quanto olhar diretamente para a luz do sol através da janela. Quando estiver usando o computador, reduza pela metade as lâmpadas do ambiente e procure controlar a entrada de luz natural com cortinas ou filmes. Além disso, se puder posicionar sua estação de trabalho de modo que a luz entre lateralmente no ambiente, tanto melhor para os olhos.
2 – Reduza o brilho. O brilho produzido pelas superfícies planas e pela tela do computador pode provocar bastante cansaço nos olhos. Instale, de preferência, uma tela antirreflexo no monitor e procure substituir o branco brilhante das paredes por tons pastel com acabamento fosco.
3 - Substitua monitores antigos pelos novos modelos em LCD ou LED. Os novos monitores de cristal líquido cansam bem menos a vista do que os antigos, feitos de tubos e vidro. Isto porque já vêm com uma superfície antirreflexo e com melhor definição de imagens. Com relação ao tamanho da tela, se possível opte por aquelas com 19 polegadas em diante. São visualmente mais confortáveis.
4 – Aprenda a fazer os ajustes do monitor. Não é à toa que os novos equipamentos permitem vários ajustes em termos de brilho, tamanho, definição, contraste e cor. Fazer os ajustes de modo personalizado, procurando deixar o fundo da tela nem tão claro, nem tão escuro, ajustando o tamanho das letras e optando por um contraste que seja confortável aos olhos é a melhor pedida.
5 – Acostume-se a piscar com mais frequência. Sim, piscar é um santo remédio para vista cansada e pode evitar crises de olho seco, já que, ao piscar, você lubrifica os olhos e previne também a irritação ocular. Quando estiver trabalhando ou estudando diante do computador, procure parar um pouco para piscar várias vezes seguidas, olhar para longe e para os lados, e só depois volte ao trabalho. Faça isso várias vezes ao dia.
6 - Dê pausas mais longas. Ficar concentrado por muitas horas diante do computador não faz bem nem aos olhos nem ao resto do corpo. Adote pausas mais longas a cada duas horas de uso de computador. Assim, você poderá descansar a vista, relaxar o pescoço, alongar o corpo, esticar as pernas, caminhar, tomar água (que é sempre importante) e retomar suas atividades com mais disposição mental e olhos descansados.
7 – Adote princípios de ergonomia na sua mesa de trabalho. Um dos exercícios mais cansativos para os olhos é ficar diante do computador copiando um texto impresso em papel. Quando isso for necessário, opte por acomodar o texto ao lado do monitor, direcionando uma luminária para as páginas de modo que não reflitam muito brilho de volta para seus olhos. Invista também em mobiliário ergonômico, posicionando o monitor de modo que o centro da tela esteja pouco abaixo da linha dos olhos. Se isso não for possível, considere colocar alguns livros sob o monitor para elevar sua altura.
8 - Invista em óculos apropriados para usar o computador. Mesmo tomando todas as precauções e fazendo pausas constantes, sabemos como é cansativo passar um dia atrás do outro trabalhando em frente ao monitor do computador. O corpo se ressente e os olhos sentem mais ainda. Portanto, considere pedir a seu oftalmologista que prescreva óculos com lentes específicas para a distância entre seus olhos e o monitor. Se preferir, as lentes podem ser ligeiramente coloridas em tons de castanho, cinza ou verde.
9 - Faça um check-up ocular anualmente. Visitar o oftalmologista uma vez por ano é indicado para quem tem mais de 40 anos ou problemas de visão que exigem acompanhamento periódico. Porém, quem trabalha diretamente com o computador também está sujeito a alterações na visão, como o quadro de olho seco – doença que também acomete quem tem histórico familiar ou mulheres em fase de menopausa. Pessoas sujeitas à Síndrome da Visão de Computador devem, então, recorrer a um especialista sempre que notarem alterações visuais recorrentes ou persistentes.
 Fonte: Portal da Oftamologia

terça-feira, 5 de junho de 2012

05 de Junho: Dia Mundial do Meio Ambiente


Diabetes pode levar à cegueira se não tratada


O número de pessoas diagnosticadas com diabetes tem crescido cada vez mais no Brasil. A doença, conhecida como uma desordem metabólica crônica caracterizada pelo excesso de níveis de glicemia no sangue, também pode levar a outras complicações graves de saúde.

De acordo com o médico oftalmologista, Thiago Pardo Pizarro, A causa da hiperglicemia deve-se à deficiência do pâncreas em produzir insulina necessária para o organismo ou pela resistência das células à ação da insulina. “Atualmente, uma parcela da população é acometida pelo diabetes, que se bem acompanhada pode não trazer problemas para a saúde”.

As altas taxas de diabetes, quando não tratadas, podem acarretar doenças em outros campos do organismo, como os olhos.

“Uma das principais patologias causada pelo diabetes é a Retinopatia Diabética, resultado dos efeitos da doença nos vasos sangüíneos da retina, um tecido que reveste o fundo do olho”.

Ele ressalta que a retina é uma camada de prolongamento dos nervos, onde estão as células receptoras responsáveis por perceber a luz e ajudar a enviar as imagens ao cérebro.

“O dano aos vasos sanguíneos da retina pode levar ao vazamento de fluído ou sangue e crescimento anormal dos vasos sanguíneos que poderão causar fibrose e desorganizar a retina”.

Essas complicações podem distorcer as imagens ou torná-las borradas e muitas pessoas podem não notar nenhuma mudança na visão, no início da doença. “Com o passar do tempo, a retinopatia diabética pode piorar a visão e até levar à cegueira”.

Ele afirma que é muito importante a visita regular ao oftalmologista para a realização do exame do fundo de olho, o qual é capaz de detectar a doença no início ou no estágio avançado, pois muitas vezes os sintomas são imperceptíveis.

TRATAMENTO

O médico conta que os tratamento envolvem aplicação de raio laser, controle do diabetes e medicações intravítreas, sendo este o mais recente procedimento disponível no mercado

“Na fotocoagulação por raios laser, pequenas áreas da retina doente são cauterizadas na tentativa de prevenir o processo de hemorragia”.

E lembra que pesquisas comprovam a eficácia do medicamento, trazendo resultados positivos para o paciente. “As medicações são realizadas na própria clínica e o paciente é liberado no mesmo dia, sem ter necessidade de repouso”.

“É muito importante o controle cuidadoso do diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos. Pois só assim o portador da doença poderá se prevenir contras enfermidades desencadeadas pelo diabetes”.

Jornal O Regional - 05 de junho de 2012