terça-feira, 25 de setembro de 2012

Artigo: Transplante de Córnea Endotelial

Em artigo, Dr. Thiago Pardo Pizarro discorre sobre a técnica de transplante endotelial. Confira na íntegra.


TRANSPLANTE DE CÓRNEA
Técnica endotelial garante resultados efetivos e recuperação mais rápida

O transplante de córnea permite que pessoas com doenças oculares como ceratocone, distrofias corneanas pós-cirurgia de catarata, doença de Fuchs e/ou trauma ocular, e que tenham tido prejudicada a córnea recuperem visão.
A córnea é um tecido transparente que fica na parte da frente do olho, funcionando como uma lente que converge os raios de luz para a retina. Quando se opacifica por causa de enfermidades oculares, torna a visão embaçada, podendo levar até à cegueira. Nestes casos, o tratamento indicado é o transplante de córnea.
O método tradicional utilizado pela maioria dos oftalmologistas é o transplante penetrante, que consiste na substituição de toda a espessura da córnea doente por uma córnea saudável, oriunda de doadores de órgãos. Esta nova córnea é então fixada ao olho com um fio especial através de vários pontos.
Contudo, com a evolução da Medicina e a busca por novos tratamentos que aliem segurança e resultados positivos, já está sendo utilizada uma nova técnica para estes casos. Trata-se do transplante endotelial. Neste procedimento, apenas é substituída a camada mais interna da córnea que está doente (endotélio), sendo aderida naturalmente às demais camadas, ou seja, não há necessidade de pontos para segurar o transplante.
Como resultado, o paciente dispõe de um pós-operatório mais rápido, com a recuperação da visão em semanas, ao contrário do procedimento tradicional em que a recuperação pode levar meses. Além disso, é uma técnica que oferece melhor desempenho ao paciente, apresentando uma alta taxa de sucesso.
Vale ressaltar aqui, que a fila de espera por uma córnea chega a 30 mil casos no Brasil, por isso é importante que você também seja um doador – em caso de morte – pois assim poderá salvar a visão do seu próximo.
Revista TOP | Setembro de 2012 | Dr. Thiago Pardo Pizarro | CRM 122.433

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Alergia ocular afeta milhares de pessoas


Cerca de 20% da população sofre com algum tipo de alergia, sendo que um terço apresenta o desenvolvimento de alergias oculares em maior ou menor gravidade, cujos sintomas são incômodos e podem afetar as atividades diárias de crianças e adultos.
 
A alergia ocular, também conhecida por conjuntivite alérgica, não pode ser confundida com a conjuntivite virótica, que é contagiosa. A alérgica ocorre quando há o contato com substâncias como ácaros, mofo, poeira, pelos e pólen, e normalmente está vinculada a alergias respiratórias como rinite e bronquite.
 
No geral, ela provoca coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento, inchaço e sensibilidade à luz. A sensação de um corpo estranho no olho faz com que o organismo tente expulsá-lo provocando a produção de secreção aquosa. A tentação dos alérgicos é a de coçar o olho imediatamente, mas essa atitude pode acentuar o quadro por conta dos micróbios encontrados nas mãos.
 
Algumas medidas simples podem evitar crises de alergia ocular, como manter o ambiente sempre livre de pó, arejados, evitar objetos que acumulem poeira como: cortina, carpete, tapete, bicho de pelúcia, e principalmente, manter a higiene do travesseiro.
 
“Com o uso, o travesseiro acumula grande quantidade de umidade, gordura, pele descamada, suor e todas as outras secreções da cabeça (saliva, coriza, seborréia, lágrimas, cerume), além de perfumes, tinturas e cosméticos. Todo esse material orgânico se encontra em ambiente ideal de proliferação biológica”, afirma Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex.
 
Um travesseiro sem proteção antimicrobiana, com 6 meses de uso já contém cerca de 300 mil ácaros, e após 2 anos até 25% do seu peso é formado por ácaros vivos, mortos e suas fezes. Mesmo um travesseiro com tratamento, depois de certo tempo terá sobre suas fibras internas grande acúmulo dos dejetos acima citados, o que diminui sua eficiência antimicrobiana.
 
“Ao contrário do que se imagina, não é indicado expor os travesseiros ao sol. No interior do travesseiro, os ácaros encontram a condição aquecida, úmida e com resíduos de pele, gordura e secreções da cabeça, ambiente favorável para a sua proliferação. Além disso, a radiação ultravioleta oxida a superfície do material do travesseiro, deixando-a amarelada”, afirma a consultora.
 
Por isso, o ideal é arejar e ventilar o travesseiro, protegido por uma fronha, sempre sob luz indireta. Esta medida irá aumentar a saúde e a durabilidade do travesseiro. Se necessário, a lavagem do travesseiro deve ser feita apenas se for possível garantir a sua  SECAGEM COMPLETA, seguindo-se as instruções de lavagem. Se for lavar em lavanderias, que é o ideal, exija que essas instruções sejam totalmente observadas.
 

Importância da Troca

O ácaro é o principal agente de substâncias causadoras de alergias numa casa. Ácaros, fungos e bactérias causam conjuntivite, eczema, sensação de peito fechado à noite, espirros, coceira nas mãos ou face, corrimento ou bloqueio e até mesmo asma. Camas, colchões e travesseiros mantêm áreas cujo grau de calor e umidade são favoráveis ao surgimento de ácaros. Os ácaros, que são poluentes biológicos, agridem mais as pessoas alérgicas.

O que pouca gente se dá conta é que os travesseiros têm prazo de validade. A vida útil de um travesseiro é de, em média, cinco anos de uso, mas é recomendado que faça a troca de dois em dois anos, pois a prolongação do uso pode ser uma grande fonte de contaminação por microorganismos. É importante destacar que tudo isto pode ser minimizado com o uso de travesseiros comtratamento antiácaros. 

Fonte: Dr. Visão

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Filmes em 3D pode causar sintomas desagradáveis de visão

Assistir a filmes em 3D pode fazer com que você "mergulhe numa experiência”, mas também pode provocar sintomas visuais desagradáveis e até mesmo enjôo, relata um estudo - Stereoscopic Viewing and Reported Perceived Immersion and Symptoms – publicado na edição de julho de Optometry and Vision Science.
Os sintomas relacionados com a visualização em 3D são resultado de onde você está sentado no cinema e da sua idade. Segundo os autores do estudo, quanto mais jovem e quanto mais próximo da tela, maiores são os problemas provocados pelo 3D, que podem ser amenizados por uma distância maior da tela e por um melhor ângulo de visão.
Para chegar a estas conclusões, os pesquisadores realizaram experimentos em que adultos, jovens e de meia-idade, foram convidados a assistir a um filme em 2D ou 3D, sentando em diferentes ângulos e distâncias da tela. Os sintomas visuais e os demais sintomas de mal estar foram avaliados, analisando o papel de fatores como a idade, a posição de assento, e o nível de "imersão" no filme.
21% dos participantes relataram sintomas desagradáveis enquanto assistiam ao filme em 3D, em comparação com 12% com visualização em 2D. Para os participantes mais jovens do estudo: visão turva, visão dupla, tontura, desorientação e náusea foram mais frequentes e mais graves quando eles assistiram o filme em 3D.
Os que assistiram ao filme em 3D também relataram uma maior sensação de imersão, ou "um maior sentido de movimento do objeto e do movimento do observador no espaço", em comparação com a visualização em 2D. 
Os indivíduos sentados em posições mais centrais ou mais próximos da tela relataram maior imersão, bem como um aumento dos sintomas de náusea. Os que estavam sentados lateralmente, em relação à tela, relataram uma menor imersão, bem como sintomas de náusea reduzidos.
Outras diferenças relatadas estão relacionadas à idade dos participantes, incluindo uma taxa mais baixa da acuidade visual em espectadores mais velhos (46 anos de idade ou mais). Os espectadores mais velhos relataram mais sintomas visuais desagradáveis na visualização em 2D, enquanto os espectadores mais jovens (idades entre 24-34 anos) apresentaram mais sintomas de mal estar na visualização em 3D. 
Os mesmos mecanismos relacionados à idade que levam a taxas mais baixas de visão turva em espectadores mais velhos também podem explicar as taxas mais baixas de sintomas visuais desagradáveis durante a exibição em 3D
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Popularização do 3D
Como os filmes em 3D se tornam mais comuns, inclusive nas residências, há aumento dos relatos de sintomas visuais desagradáveis e outros problemas entre os espectadores em 3D.
A sensação visual desagradável e os sintomas de desorientação ligados à visualização em 3D podem estar relacionados a um ‘descasamento’ entre a concentração e a convergência dos olhos. A tecnologia pode trabalhar para reduzir o descompasso entre o local onde os olhos convergem e onde eles se concentram.
Enquanto isto não acontece, o estudo pode ajudar os oftalmologistas e os outros profissionais de saúde na conversa com os pacientes sobre os sintomas visuais e outros relacionados com as configurações do vídeo em 3D.

Efeitos nocivos do 3D
A imagem vista pelo espectador é interpretada pelo cérebro como sendo em 3D, pois cada olho vai receber uma imagem com um ângulo e uma perspectiva diferentes, isso causa a impressão de que existe um objeto em 3D. Uma vez que essa ilusão depende de imagens diferentes a serem interpretadas, pessoas mais jovens, portadores de vertigem e até mesmo com condições cerebrais como a epilepsia estarão sujeitas a mais sintomas desagradáveis, como tontura, náuseas e cefaléia.
Pacientes com doenças oculares como estrabismo podem não reconhecer as imagens diferentes, podem enxergar apenas um borrado ou simplesmente podem não perceber o efeito 3D. O ideal é que sempre que o espectador enfrentar qualquer dificuldade visual para ver um filme em 3D, ele procure um oftalmologista para esclarecer suas dúvidas.
Fonte: IMO

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Clima atual pode desencadear Olho Seco

Com o clima que enfrentamos nestas últimas semanas, com a umidade do ar abaixo de 20%, é preciso ter alguns cuidados com a sua saúde, principalmente com os olhos.

Uma das doenças comuns que surgem nestas condições é o Olho Seco.

Olho seco significa que o olho não é devidamente umedecido ou é produzido pouco fluido lacrimal ou a composição da película lagrima não é lubrificada de maneira ideal. Em síntese, trata-se de uma condição anormal da superfície do olho que se manifesta quando as pessoas produzem lágrimas insuficientes ou a mesma é deficiente em algum de seus componentes e provoca desconforto ocular. Além dessas, existem outras possibilidades que se relacionam a esse problema oftalmológico.
O olho seco é, sem dúvida, uma das queixas mais comuns relatadas aos oftalmologistas e é facilmente confundido com outras condições, tais como infecções ou alergias oculares. O aparecimento do olho seco pode ainda estar associado ao envelhecimento, pois em idades mais avançadas há diminuição da produção de lágrimas, carência de gordura no corpo ou a fatores que formam zonas secas na conjuntiva e na córnea, o que provoca sérios incômodos a muitas pessoas. De maneira geral, as mulheres sofrem mais de olho seco do que os homens, provavelmente por questões hormonais.

Sintomas
São esses os sintomas freqüentes do olho seco: ardor, comichão, irritações, fotofobia, vermelhidão, visão turva, lacrimejamento, sensação de corpo estranho e incômodos para leitura, assistir televisão e muito mais.
Causas
Existem diversos fatores que podem provocar o olho seco: lentes de contato, ar condicionado, vento em excesso, permanência em altitudes elevadas, ambientes com sistema de climatização, uso de cosméticos, fumaça de cigarro, poluição do ar, calefação, excesso de tempo em frente de monitores de computadores, clima seco etc.
O clima seco é fator preponderante para o desencadeamento do Olho Seco, e é importante ficar atento e procurar sempre um oftalmologista em casos mais graves.

Tratamento
O tratamento do olho seco deve ser feito não apenas para o próprio bem-estar do paciente, mas para não colocar em risco as córneas. O tratamento adotado do olho seco varia conforme a sensibilidade de cada paciente e deve ser baseado no diagnóstico individualizado feito por médicos.
São várias as formas de tratar o olho seco: colírios específicos, conhecido como lágrimas artificiais e lágrimas em forma de gel são indicados para casos mais simples. Em casos graves, é possível recorrer à oclusão da drenagem de lágrimas, permitindo que elas fiquem em contato com o olho por mais tempo.
Outras formas de tratar são através de antiinflamatórios, antibióticos, medicamentos sistêmicos, corticóides tópicos, suplementação alimentar com ômega-3, uso de lentes protetoras, soro autólogo entre outros procedimentos. Tudo dependerá de um bom diagnóstico dos fatores que desencadeiam o olho seco.

Por isso, procure sempre seu oftalmologista!
Fonte: Dr. Visão