quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Disfunções oculares podem prejudicar desempenho escolar

É comum crianças e adolescentes em fase escolar apresentarem comportamento diferenciado em sala de aula, como dificuldade de leitura e absorção do conteúdo apresentado. Nem sempre isso quer dizer que o aluno tenha limites de aprendizagem, pois, em muitos casos, o que acontece é que a criança possui algum tipo de doença ocular que acaba comprometendo seu desempenho na escola.
Pais e professores precisam ficar atentos, pois qualquer alteração de comportamento é sinal de que algo não vai bem, como explica o médico oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro. “Dos cinco sentidos, a visão é mais importante, já que 70% das informações que recebemos chegam ao cérebro através dela. Principalmente as crianças não estão preparadas para lidar com as doenças oculares que podem aparecer, pois na realidade elas não sabem o que está acontecendo, apenas agem de modo diferente incomodadas pela doença. Quando houver uma postura diferente, como problemas para ler e escrever, os pais devem procurar um oftalmologista para checar o que está acontecendo”.
Os problemas de visão, geralmente, acabam prejudicando a criança na escola, que tem seu potencial diminuído, levando o aluno ao desinteresse, ao cansaço e à sonolência, o que muitas vezes é percebido como preguiça do aluno ou falta de vontade de ir à escola.
As doenças mais comuns em crianças e adolescentes são miopia, hipermetropia, astigmatismo e estrabismo. “Contudo, nada impede que a criança tenha alguma doença mais grave, como ceratocone, catarata ou glaucoma. Por isso é fundamental que desde o nascimento os pais tenham um acompanhamento oftalmológico, sendo possível, assim, a detecção precoce de doenças e seu tratamento logo no início, trazendo melhores resultados para o desenvolvimento da criança”, destaca.
Alguns sintomas podem ser levados em consideração como crianças que se aproximam muito do aparelho para assistir à televisão, coçam os olhos que estão constantemente vermelhos e piscam muito. Também qualquer suspeita de desvio do globo ocular é motivo suficiente para levar a criança ao oftalmologista.
Entretanto, nem sempre é fácil perceber tais sintomas, principalmente pelos pais. “Os professores e educadores têm um papel importante nesta questão. Como acompanham de perto as tarefas escolares, podem perceber com mais facilidade qualquer alteração e avisar aos pais”, enfatiza Dr. Thiago.
Um conselho é sempre levar a criança a um Oftalmologista antes do início do ano letivo e checar se está tudo bem, pois, assim, a criança poderá desenvolver suas aptidões sem barreiras e problemas que possam aparecer no ano letivo.

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