quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dia Mundial Sem Tabaco: Cuide da sua saúde!

Hoje, dia 31 de maio, é o Dia Mundial sem Tabaco, uma iniciativa para conscientizar a população sobre os perigos e efeitos do tabagismo.
Trazemos uma reportagem da revista Veja, sobre o aumento no índice de casos de câncer relacionados ao fumo e, em seguida, uma matéria sobre doenças oculares relacionadas ao fumo.

Revista Veja

Em 2012, 37% dos casos de câncer no Brasil estarão relacionados ao tabagismo

Estimativa do Inca ainda mostrou que cânceres relacionados ao cigarro podem reduzir em até 6 anos a expectativa de vida de homens e em 5 a de mulheres

Neste ano, 37% dos novos casos de câncer podem estar relacionados ao tabagismo, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgadas nesta quinta-feira, 31, Dia Mundial sem Tabaco. De acordo com os dados, os cânceres de pulmão e colorretal estão fortemente associados ao fumo.
Esse recorte é inédito e foi baseado nas estimativas do Inca sobre os novos casos de câncer em 2012, que previu 520 mil novos casos da doença neste ano. De acordo com o órgão, embora a taxa de fumantes no Brasil esteja pela primeira vez abaixo dos 15%, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2011, o número de casos de câncer associados ao tabagismo continuam preocupantes. "O país já obteve muitos avanços na luta contra o tabagismo, mas ainda é preciso regulamentar definitivamente a lei dos ambientes 100% livres do tabaco e dar mais um grande passo em prol da saúde dos brasileiros", diz o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.
Regiões — Os dados do Inca mostraram que os percentuais de cânceres associados ao tabagismo em relação a todos os registrados em 2012 serão de 34% entre homens e 45% entre mulheres da região Norte; 33% e 38%, respectivamente, no Nordeste; 35% e 40% no Centro-Oeste; 38% e 33% no sudeste; e 43% e 35% na região Sul.
Mortalidade — O Inca destacou que não só os novos casos, mas também a taxa de mortalidade, são alarmantes. As estimativas revelaram que, se for considerada uma expectativa de vida até os 80 anos de idade, os homens podem chegar a viver 6 anos menos, e as mulheres 5 anos menos, caso desenvolvam um câncer associado ao cigarro.
Ainda de acordo com os dados, o câncer de pulmão é o principal tipo da doença associado ao cigarro. Segundo o Inca, essa doença corresponde a aproximadamente 30% das mortes por câncer que ocorrem no Brasil entre o sexo masculino. Entre as mulheres, além do câncer de pulmão, o colorretal, bastante relacionado ao tabagismo, também é representativo, correspondendo a 20% das mortes por câncer na região Sudeste, por exemplo.
Outras causas — O Inca ainda chamou atenção para o fato de que o cigarro pode prejudicar a saúde de uma pessoa não somente pelo fumo, mas também pelo processo de produção, por exemplo. Desmatamento, uso de agrotóxico, incêndios e poluição do ar, além de afetarem o meio ambiente, danificam a saúde de trabalhadores, como os agricultores, e da população. "Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxicidade que várias pessoas fumando deixam no nosso planeta", diz a coordenadora da Divisão de Tabagismo do Inca, Valéria Cunha.
O fumo passivo também é outra maneira pela qual o tabagismo afeta as pessoas. De acordo com o Inca, estudos revelam que pessoas que não fumam, mas são expostas ao cigarro, apresentam um risco 30% maior de desenvolver câncer no pulmão e doenças cardíacas e têm de 25% a 35% mais chances de sofrer de doenças coronarianas agudas. O órgão indica que, no Brasil, ao menos sete pessoas que não fumam  morrem por doenças provocadas pela exposição à fumaça do tabaco no Brasil.



O tabagismo está claramente associado ao aumento na incidência de casos de degeneração macular relacionada à idade e oclusões vasculares. Estudos indicam risco até três vezes maior para fumantes. A DMRI é uma das principais causas de perda de visão no paciente idoso e o principal fator de risco é o tabaco.
Além de agravar problemas circulatórios, o cigarro é responsável pela piora nos quadros de Síndrome do Olho Seco e alergias oculares, que são ocasionados pela fumaça. Pesquisas também indicam que contribui para o agravamento do glaucoma. Uma vez que o tabagismo passivo, comprovadamente, possa provocar as doenças respiratórias e de câncer, as oculares podem também aparecer.
Os danos do tabaco podem aparecer mesmo após muitos anos de abstenção. As doenças oculares relacionadas ao tabaco podem ser incapacitantes e, até mesmo, irreversíveis em alguns casos.
A atenção deve ser redobrada para os diabéticos, que possuem o organismo mais sensível ao efeito do cigarro. Considerada uma doença que requer controles e mudança de hábitos, a diabete costuma ter forte influência na retina. A pessoa que já sofre do problema e ainda tem o vício do fumo está mais vulnerável as alterações vasculares e, em conseqüência, a cegueira irreversível.
O desenvolvimento dessas doenças oculares também depende de outras variáveis, como a herança genética. Embora os riscos de desenvolver uma doença letal sejam sempre muito enfatizados, o que os fumantes verificam na prática é mais que o risco de morte: uma perda drástica e gradual na saúde e na qualidade de vida ao longo dos anos – o que no caso da visão se traduz em um maior risco de desenvolver ou agravar doenças que podem levar à cegueira.
Fonte: Organização Mundial de Saúde - http://www.who.int/en/


Pare e pense: sua saúde não é mais importante?!
Procure um médico especialista, fique em dia com seus exames e abandone este vício.

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